Autor | J.R.R. Tolkien |
Idioma | Inglês |
País | Reino Unido |
Lançamento | 1977 |
Páginas | 468 |
Edição brasileira | |
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Tradução | Waldéa Barcellos |
Editora | Martins Fontes |
O Silmarillion (título original em inglês: The Silmarillion) é uma coletânea de trabalhos mitopoéticos de J.R.R. Tolkien que foi editado e publicado (após sua morte) por seu filho, Christopher Tolkien, em 1977, com assistência de Guy Gavriel Kay, que depois se tornou um notável escritor de fantasia. O Silmarillion, junto com os outros (Contos Inacabados, As Aventuras de Tom Bombadil, The Road Goes Ever On) trabalhos de J.R.R. Tolkien, formam uma abrangente, ainda que incompleta, narrativa que descreve o universo da Terra-Média junto com seus outros livros O Hobbit e O Senhor dos Anéis.
Depois do sucesso de O Hobbit, e antes da publicação d’O Senhor dos Anéis, os editores de Tolkien pediram uma continuação de O Hobbit e ele lhes enviou um rascunho d’O Silmarillion. Mas com um mal-entendido, o editor rejeitou o rascunho sem lê-lo completamente, e, como resultado disso, Tolkien começou a trabalhar no “A Long Expected Party” (Uma Festa Muito Esperada) o primeiro capítulo do que ele escreveu na época como “uma nova estória sobre Hobbits”, o que acabou virando O Senhor dos Anéis.
O Silmarillion compreende cinco partes. A primeira parte, Ainulindalë (A Música dos Ainur), conta da criação de Eä, o “mundo que é”. Valaquenta (O Relato dos Valar), a segunda parte, dá a descrição dos Valar e Maiar, os poderes sobrenaturais de Eä. A próxima sessão, Quenta Silmarillion (A História das Silmarils), que forma a maior parte do livro, narra a história dos eventos antes e durante a Primeira Era, incluindo as guerras sobre as Silmarils (donde vem o nome do livro). A quarta parte, Akallabêth, relata a história da Queda de Númenor e seu povo, que tem seu lugar na Segunda Era. A parte final, Dos Anéis de Poder e a Terceira Era, é um breve relato das circunstâncias que levaram à e foram relatadas n’O Senhor dos Anéis.
As cinco partes eram, inicialmente, trabalhos separados, mas foi um desejo que Tolkien expressou, já idoso, de que eles fossem publicados juntos. Devido à morte de J.R.R. Tolkien antes de terminar de revisar as várias lendas que criou, Christopher, seu filho, juntou o antigo material escrito de seu pai para preencher o livro. Em alguns casos, isso significa que ele teve de criar material completamente novo para preencher as lacunas e incoerências na narrativa.
A série History of Middle-earth forma doze volumes num raio-x do processo que levou ao Senhor dos Anéis e ao Silmarillion através do olhar inicial de J.R.R.Tolkien e de comentários de seu filho Christopher.
Visão geral
O Silmarillion, como outros trabalhos de Tolkien sobre a Terra-Média, toma lugar em algum espaço de tempo na história da Terra (Arda). O Silmarillion era pra ser uma tradução do terceiro volume dos livros de Bilbo, Traduções do Élfico, o qual ele escreveu em Valfenda/Rivendell/Imladris.Dentre os mais notáveis capítulos estão:
- “A Música dos Ainur” (Ainulindalë);
- “De Beren e Lúthien”;
- “De Túrin Turambar” (descrito também nos livros Contos Inacabados e Os Filhos de Húrin);
- “De Tuor e da queda de Gondolin”;
- “De Eärendil e da Guerra da Ira”.
Estrutura do Livro
O Silmarillion compreende-se em cinco partes:- Ainulindalë (A Música dos Ainur)
- Valaquenta (O Relato dos Valar)
- Quenta Silmarillion (A História das Silmarils)
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- Akallabêth (A Queda)
- Dos Anéis do Poder e da Terceira Era
Evolução do Texto
Os primeiros esboços do Silmarillion datam do início de 1925, quando Tolkien escreveu um "Esboço da Mitologia". No entanto, o conceito dos personagens, temas e histórias específicas foram desenvolvidos em 1917 quando Tolkien, então um oficial britânico que retornou da França durante a Primeira Guerra Mundial, estava numa cama sofrendo de Febre das Trincheiras. Àquela época, ele chamou sua coleção de histórias de The Book of Lost Tales.Muitos anos depois da guerra, encorajado pelo sucesso de O Hobbit, Tolkien enviou uma versão incompleta porém mais desenvolvida de O Silmarillion para seu editor, George Allen & Unwin, mas ele rejeitou o trabalho por ser muito obscuro e "demasiadamente celta". Ele então pediu a Tolkien que ao invés desse, fizesse uma continuação para O Hobbit, idéia que se transformaria na mais famosa, mas não mais importante, obra dele: O Senhor dos Anéis
No fim dos anos 50 ele começou novamente a trabalhar no Silmarillion, mas muito de seu trabalho era relacionado a assuntos teológicos e filosóficos mais do que com a narrativa. Durante esse tempo ele escreveu muito sobre estes tópicos, como o surgimento do mal em Arda, a origem dos Orcs, o costume dos Elfos e sua imortalidade, e com o Mundo Plano, e com a história do Sol e da Lua (veja Duas Árvores de Valinor). Por esses tempos, sérias dúvidas o acometeram sobre alguns aspectos fundamentais do trabalho, e ele voltou às versões mais antigas das histórias, e parece que ele sentiu que devia solucionar esses problemas antes de publicar a versão final.
Depois da morte de Tolkien, em 1973, Christopher Tolkien compilou a narrativa de O Silmarillion. Suas intenções parecem ter sido a de manter-se consistente, principalmente com O Senhor dos Anéis. Às vezes ele chegou a ter de criar alguma coisa, devido à escassez de anotações de seu pai. O livro foi então publicado no ano de 1977.
Curiosidades
- A banda alemã de Power Metal Blind Guardian se baseou na história de Silmarillion para escrever o álbum Nightfall in Middle-Earth.
- Tolkien muitas vezes escrevia o livro às pressas, até mesmo com anotações a lápis e, não raramente, ilegíveis.
- A banda britânica de neo-prog Marillion embasou-se nesse trabalho para colocar o nome do grupo.
Referências
- Tolkien, J.R.R.. O Silmarillion. São Paulo, Brasil: Martins Fontes, 1977 [1999]. ISBN 85-336-1165-X
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