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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Inquietações e desafios na escola

Reflexões e propostas sobre as dificuldades de quem trabalha com Educação
Por que ler  Com uma linguagem informal, o livro conduz o leitor a questões fundamentais para a Educação no século 21. Ao longo das páginas, constata-se que o Brasil é grande, mas os desafi os e as inquietações dos nossos profissionais são comuns. Para começar, a autora apresenta um breve histórico das correntes pedagógicas, organizadas dentro de três grandes teorias: a liberal, a progressista e a evolucionária. Em cada uma delas, dados sobre seus pensadores, o papel a que a escola se propõe, os conteúdos abordados, o método utilizado, a relação estabelecida entre o professor e os alunos, a concepção de aprendizagem e os principais seguidores. Em seguida, a autora abre uma discussão a respeito dos quatro grandes temas citados no título da obra. A função da escola no processo de inclusão de tantos excluídos (negros, mulheres e homossexuais, entre outros) é colocada de forma clara e objetiva e acrescida das políticas públicas vigentes no país acerca do tema. Já o vínculo entre a intolerância e a violência é abordado por meio de pesquisas feitas em escolas de todo o Brasil. No conjunto, o livro demonstra a fragilidade das relações estabelecidas na escola, onde tudo se entrelaça: a exclusão gera a violência, que causa difi culdades de aprendizagem e resulta em frustração, afetando, assim, a carreira docente.
Preste atenção  Nos gráficos, nas tabelas e nos resultados das pesquisas citadas, pois são eles que dão base aos comentários e às conclusões que a autora tece, além de permitirem pensar em soluções assertivas para cada um dos desafi os elencados. Outro ponto que merece destaque: os exemplos que ilustram os dilemas educacionais, acompanhados de teoria e propostas interessantes.
AIRTON CARDOSO, autor desta resenha, é mestre em Ciência da Educação, consultor educacional e ex-diretor pedagógico do Colégio Angélica, em Coronel Fabriciano, MG.

Trecho do livro
"Desaprender é muito mais difícil do que aprender. Rever conceitos, concepções já construídas e consolidadas ao longo de anos de trabalho, mudar práticas, reavaliar e modifi car posturas, requer de nós duas coisas: para mudar é preciso ter, ao mesmo tempo, humildade e ousadia. (...) A violência sempre existiu. Ela estava fora dos muros da escola, mas dentro dela também. O que dizer das palmatórias, dos castigos, das punições? Não seriam atos de violência, tais atitudes? (...) Faz-se necessário examinar o problema sob outra ótica: a questão central não está na disputa entre professor e aluno, e sim na organização do trabalho coletivo para gerar coautoria na construção de regras e normas. (...) Ao longo do meu percurso de vida, pelos caminhos da Educação, encontrei professores maravilhosos. A maioria deles não tem os recursos mínimos disponíveis, não ganha o salário que merece, não tem o respeito e o reconhecimento dos alunos e dos pais, como gostaria de ter. Mas não desistiu. Trabalha, buscando outras saídas e múltiplas soluções."

Editora: Wak
Categoria: Gestão Escolar

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