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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um pouco sobre da Ilha do Governador

A Ilha do Governador localiza-se no lado ocidental do interior da baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro. Compreende 15 bairros do município do Rio de Janeiro. É a região da Zona Norte do Rio de Janeiro com maior poder aquisitivo e um dos melhores índices de IDH do município.

Contendo uma superfície de 33,53 quilômetros quadrados, compreende quinze bairros da cidade do Rio de Janeiro, sendo que três destes são considerados principais, seja pelo que representam para a própria Ilha, seja para a cidade em geral, são esses: Galeão, Guarabu e Jardim Guanabara. Além destes existem outros - Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão, Guarabu, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia da Bandeira, Ribeira, Tauá, e Zumbi -, com uma população total de aproximadamente 250 mil habitantes. Tradicionalmente residencial, atualmente apresenta características mistas, compreendendo ainda indústrias, comércio e serviços.

 
Vista da Estrada do Galeão, uma das principais avenidas da Ilha do Governador.
Os moradores da ilha costumam enaltecê-la, tendo o termo "insulano" um significado especial para quem é dessa região da cidade.
Descoberta em 1502 por navegadores portugueses, os Temiminós foram os seus primeiros habitantes. Chamavam-na de Ilha de Paranapuã, sendo também chamada de Ilha dos Maracajás (espécie de grandes felinos, então abundantes na região), pelos Tamoios, inimigos dos Temiminó.
Terra natal de Araribóia, foi abandonada pelos Temiminós em conseqüência dos ataques de inimigos Tamoios e traficantes franceses de pau-brasil, os quais foram definitivamente expulsos em 1567, pelos portugueses.
O nome Ilha do Governador surgiu somente a partir de 5 de setembro de 1567, quando o governador-geral do então Estado do Brasil (e interino da Capitania do Rio de Janeiro) Mem de Sá doou ao seu sobrinho, Salvador Correia de Sá (o Velho - Governador e Capitão-general da Capitania Real do Rio de Janeiro de 1568 a 1572), mais da metade do seu território. Correia de Sá, futuro governador da capitania, transformou-a em uma fazenda onde se plantava cana-de-açúcar, com um engenho para produção de açúcar, exportado para a Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII.
No século XIX, o Príncipe-Regente D. João utilizou o seu espaço como coutada para a caça. Segundo a tradição, conta-se que a Praia da Bica recebeu este nome por causa de uma fonte que costumava servir de banho ao jovem príncipe D. Pedro, mais tarde D. Pedro I (1822-1831). O desenvolvimento da Ilha do Governador, entretanto, só ocorreu a partir da ligação regular da ilha com o continente, efetuada por barcas a vapor com atracadouro na Freguesia desde 1838. Mais tarde, outros atracadouros foram construídos no Galeão e na Ribeira, integrando a área à economia do café e à atividade industrial (produção de cerâmica).
No início do século XX, os bondes chegaram à Ilha, efetuando a ligação interna de Cocotá à Ribeira (1922), percurso estendido posteriormente até ao Bananal e a outros pontos. Também é neste século que se instalam as unidades militares: a Base Aérea do Galeão, os quartéis dos Fuzileiros Navais e a Estação de Rádio da Marinha, época em que o bairro se constituía num balneário para a classe média da cidade do Rio de Janeiro.
Em 23 de julho de 1981, através do Decreto nº 3.157, do então prefeito Júlio Coutinho, no tempo do Governador Chagas Freitas, o bairro da Ilha do Governador foi oficialmente extinto e transformado nos seus atuais quatorze bairros oficiais.

Geografia


A região por sua peculiar localização dentro da Baía de Guanabara, conta com excelente ventilação, o que garante um clima bem mais ameno nos dias mais quentes de verão. Essa vantagem, por outro lado, representa um risco quando se tratam de grandes tempestades, pois o bairro fica sujeito a fortes vendavais e a incidência acima do comum para a região de chuva de granizo.
A arborização do bairro é bastante intensa, não apenas pela existência de reservas naturais de Mata Atlântica dentro da área da aeronáutica no Galeão e da Marinha no Jardim Guanabara, Bancários e Bananal[desambiguação necessária], mas também em diversas áreas públicas e principalmente nos quintais das inúmeras residências por todo o bairro, auxiliando na prevenção das terríveis "ilhas de calor" que se formam em algumas regiões pouco arborizadas e excessivamente construídas dentro de metrópoles. A APARU do Jequiá possui uma preservação do ecossistema de manguezal bastante considerável, em função de sua localização dentro da metrópole.

Hidrografia

O entorno da praia do Engenho foi transformado em área de preservação ecológica através da construção de um parque municipal (Parque [professor] Marcello de Ipanema). Além desta praia a Ilha conta com outras praias, tais como:
Há também um rio que corta a Ilha, o Rio Jequiá.

Religião

Destacam-se: na Freguesia, a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda (tombada como patrimônio nacional e que competou 300 anos em 2010) em frente da qual se localiza a herma em homenagem ao escritor Lima Barreto; no Jardim Guanabara, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, e na Ribeira a Igreja da Sagrada Família, ou para muitos “a Igreja do Morro do Ouro”. Na Ilha do Governador, atualmente existem 06 paróquias:
- Elas fazem parte da 1ª Forania (região) do Vicariato Leopoldina, coordenado pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Além das já citadas, os Salões do Reino das Testemunhas de Jeová, marcam grande presença na Ilha, estes, por sua vez, estão dispersos em diferentes locais:
  • Guarabu
  • Estrada da Cacuia
  • Estrada das Canárias
  • Bancários

Brasão de armas

Apesar de não ser comum entre as cidades brasileiras, alguns bairros da capital fluminense possuem símbolos, adquiridos à época em que esta cidade era o estado da Guanabara. O brasão do bairro da Ilha do Governador, é composto de:


  • Um escudo heráldico português (arredondado na base e formando ângulos retos na parte superior), encimado por uma coroa mural de cinco torres de ouro, símbolo da cidade-capital.
  • Aos lados, dois golfinhos, símbolo de povoação marítima, tendo ao lado direito a data de 1568, data da doação da sesmaria de mais da metade das terras da ilha, concedida por Mem de Sá, Governador-geral do Estado do Brasil, a Salvador Correia de Sá, o Velho, 2º Governador da Capitania do Rio de Janeiro.
  • Do lado esquerdo, a data de 1961, de criação do Brasão de Armas da Ilha do Governador, ambos os números em vermelho.
  • Em baixo, ainda em vermelho, a legenda "Governador", referente ao nome da ilha e ao cargo de Salvador Correia de Sá.
  • Divisão quartelada, sendo o 1º quartel (à direita), sobre fundo branco (prata) um arco em vermelho disparando ema flecha, simbolizando a primitiva ocupação indígena da ilha. No 2º quartel (em baixo, à direita), sobre fundo vermelho, o retrato de Salvador Correia de Sá. À esquerda, no 1º quartel, sob fundo azul, a Matriz de Nossa Senhora da Ajuda, em ouro (amarelo), simbolizando a criação da Freguesia de mesmo nome, em 1710. Embaixo, sob fundo azul, as armas da Aeronáutica (asas) e da Marinha (uma âncora), em ouro (amarelo), simbolizando a ocupação militar da Ilha.
Em heráldica, o vermelho simboliza a vitória, com sangue, sobre o inimigo. No Brasão, o vermelho simboliza a vitória, decisiva, para a conquista do Rio de Janeiro pelos portugueses.
No período de 1961 a 1975, o Brasão de Armas da Ilha do Governador teve uma estrela de prata sobre a coroa mural de ouro, simbolizando o estado da Guanabara. Com a fusão, em 1975, o Brasão perdeu a estrela.

Subdivisões

Bairros cariocas
Mapa da cidade do Rio.svg
Rio de Janeiro
A Ilha do Governador é dividida em quinze bairros, destes três se destacam pelo que representam para a população local, são esses: Galeão, Guarabu e Jardim Guanabara. Além dos já citados existem outros treze:
O bairro Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, localiza-se na Região Administrativa XX - Ilha do Governador, mas não na Ilha do Governador enquanto acidente geográfico.

Ônibus
A linha de ônibus Mauá - Governador, da Companhia Paranapuã, foi a primeira a fazer a travessia de passageiros pela nova ligação[carece de fontes?]. Seis anos depois, em 1955, a Viação Ideal chegou com as suas linhas. As duas empresas operam até hoje no bairro e são responsáveis por quase todas as linhas internas e de ligação com o continente.

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