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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Reia

Reia apresenta a Cronos uma pedra envolvida em cueiros no lugar de Zeus. Relevo de mármore de 400 a.C., no museu Capitolino
Reia (FO 1943: Réia), na mitologia grega, era uma titã, filha de Urano e de Gaia. Na mitologia romana é identificada com Cibele, uma das manifestações da Deusa mãe, Magna Mater.
Os doze titãs, filhos de Urano e Gaia, eram Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Téia, Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis e Cronos.
Irmã e esposa de Cronos, gerou Deméter, Hades, Hera, Hestia, Posídon e Zeus, segundo a Teogonia de Hesíodo. Por ser mãe de todos deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos Deuses. É uma deusa relacionada com a fertilidade.
Devido a um oráculo de Urano, que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Reia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida em Creta ao cuidado dos assistentes curetes posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho. Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamantéia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amalteia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.
Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.
Na Ásia Menor, era conhecida como uma deusa terrestre, sendo venerada com ritos orgíacos. O nome significa "fluxo", aparentemente em referência à menstruação feminina, e "reconforto", talvez em referência aos partos fáceis

Reia (do grego Ῥέα, Rhea) era uma titânide filha de Urano e Gaia.
Trata-se, provavelmente, de uma Grande Mãe cretense que, por meio do sincretismo creto-micênico, foi integrada à mitologia grega como esposa de Cronos e mãe de Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posídon e Zeus. Os romanos a identificaram com sua deusa Opis ("Plenitude") ou Ops, esposa de Saturno. Evêmero e Diodoro da Sicília a identificaram com Pandora.

Etimologia

Rhea possivelmente significava originalmente "ampla" ou "larga" como epíteto da Terra, cognato de eurýs, "largo" e derivado de *wreiə>*Ϝρεῖα. Os etimologistas da Antiguidade derivavam 'Ρέα por metátese de έρα "chão", mas uma tradição baseada em Platão conectava a palavra com ρείν, "fluir". 

Mito

 Instruído por um presságio de Urano e Gaia, Cronos devorava todos os filhos tão logo nasciam, porque sabia que um deles o destronaria. Grávida de Zeus, a deusa fugiu para a ilha de Creta e lá, secretamente, deu à luz o caçula, no monte Ida ou Dicta. Envolvendo em panos de linho uma pedra, deu-a ao marido, como se fosse a criança e o deus, de imediato, a engoliu. O pequeno Zeus foi posto aos cuidados dos servidores de Reia, os Curetes, que mais tarde se tornaram guarda-costas de Zeus e sacerdotes de Reia, desempenhando cerimônias em sua honra. Quando adulto, Zeus obrigou Cronos a vomitar os demais filhos que, comandados por Zeus, destronaram o pai. 

Sincretismo com Cibele

Reia, no jogo Age of Mythology
As semelhanças entre Reia, deusa cretense e Cibele, grande mãe frígia, eram tão marcadas que os gregos identificaram as duas deusas, considerando que Reia abandonara seu lar original em Creta e fugiu para as montanhas da Ásia Menor para fugir à perseguição de Cronos, ou vice-versa. Na época helenística e romana, a partir da Argonautica de Apolônio de Rodes (século III a.C.), Reia foi inteiramente sincretizada com a deusa frígia Cibele, "mãe dos deuses":
Da Mãe dependem os ventos, o oceano, a Terra inteira sob o nevado assento do Olimpo; sempre que ela deixa as montanhas e sobe à grande abóbada de céu, o próprio Zeus, o filho de Cronos, abre caminho e todos os outros deuses imortais igualmente dão lugar à terrível deusa
Diz o vidente Mopso a Jasão, que escala o elevado santuário no monte Díndimo para oferecer sacrifício e libações que aplaquem a deusa, de modo que os argonautas possam continuar sua jornada. Para o temenos dela, eles esculpem uma imagem da deusa, um xoanon, de um toco de videira. Ali,
eles invocam a mãe de Dindimo, senhora de todos, a moradora da Frígia, e com seu Títias e Cileno que, apenas eles entre os muitos Dáctilos cretenses do Ida são chamados "guias do destino" e "aqueles que se sentam ao lado da Mãe do Ida".
Eles saltam e dançam em suas armaduras:
por essa razão os frígios ainda adoram Reia com tambores e tamborins.

 

 

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